Depois
de uma noite bem dormida num antigo mas muito confortável hotel no centro de
Budapeste, acordamos e seguimos rumo a Viena. Encontramos os caras do
Terrordome na estrada quase na fronteira entre a Hungria e a Áustria, paramos
num posto pra abastecer e rumamos a mais uma bela capital européia, agora
deixando de vez o leste e seguindo rumo ao sul da Europa Central.
A
capital estava quente feito Goiandira no verão! Chegamos ao local do show, o
Replugged, e constatamos a excelente infra-estrutura da casa. Enquanto não
rolava a passagem de som, eu, Jack (roadie do Terrordome) e Eddie fomos visitar
uma loja de CDs bem legal que havíamos visto na chegada. Deixei um cd do UG lá
pra marcar território, colei uns adesivos e voltamos pro local do show.
A
noite foi com 5 bandas e o Uganga tocou em terceiro. Evitei novamente beber
cerveja apesar de estar num dos países com as melhores do planeta, e enchi a
cara com chá de laranja com gengibre. Gritar todo dia não é fácil e se ficar
enchendo a cara todo dia com certeza o efeito será sentido nos shows, tanto na
voz quanto na presença de palco. A não ser que você seja o Lemmy, ai tudo
bem...
Demos
notícias em casa e descemos para ver a primeira banda da noite que fazia um
metal tradicional bem melódico com uns detalhes thrash, mas confesso que não me
agradou. A próxima, Wildbunt, eu curti mais mas os caras cortaram um pouco do
clima com desnecessários solos de baixo e bateria. Se tivessem focado mais nas
boas músicas que mesclam thrash e hard rock de maneira bem interessante, o
resultado seria melhor. Estranho é ver que muitas pessoas ficavam do lado de
fora da sala onde as bandas tocavam bebendo nas mesas e só ouvindo o som. Por
sorte levamos mais pessoas que as bandas anteriores para nos assistir e fomos
bem recebidos pelo público da casa que já na primeira música aplaudiu bastante
(apesar de ser mais parado em relação ao público do leste) e fez o mesmo com o
Terrordome.
Pode
parecer redundante mas a verdade é que nessa tour sempre tivemos recepção
positiva por parte das platéias em todos os shows, tanto nos com mais quanto
menos público. Acho que o público europeu está de saco cheio de bandas que
tentam ser o novo Behemoth, o novo Killswitch Engage, o novo Arch Enemy ou o
novo/velho Seputlura... A pesar de não
tentarmos ser os mais técnicos, rápidos e brutais (e cantarmos em português)
isso em momento algum foi um problema, pelo contrário. Ao menos essa é a minha
impressão. Fechando a noite ainda teve a banda An Act of Treachery que faz um
som bastante influenciados pela cena metal core atual com uma boa pegada em
especial na bateria.
Dormimos (o Uganga) no flat do cunhado do Jan , batera do Terrordome. O cara é polonês mas mora na Áustria há anos. O figura chapou todas e dormiu no chão da cozinha (risos)! No geral mesmo se tratando de uma terça foi outra noite bem legal.
Dormimos (o Uganga) no flat do cunhado do Jan , batera do Terrordome. O cara é polonês mas mora na Áustria há anos. O figura chapou todas e dormiu no chão da cozinha (risos)! No geral mesmo se tratando de uma terça foi outra noite bem legal.
No
outro dia cedo rumamos para Maribor na Eslovênia sob um calor bruto!